Nestes tempos de eterno desencontro
Entre a humanidade e a irracionalidade
Entre a humanidade e a irracionalidade
Me detenho a fixar nos noticiários
Os olhos tristes das crianças
Como são bonitas as crianças afegãs...
Que caminham perdidas entre guerra
Sendo instrumentalizadas para a luta
Em meio a fome e o inverno da desesperança.
Que olhos tristes, os das crianças afegãs...
Cujos brinquedos são armas verdadeiras
Obrigadas que são ao aprendizado da matança
Enquanto seus desejos são apenas... brincar.
Que futuro plantamos para o mundo
Empurrando crianças em constante fuga
Sem nada deixar para trás, nem lembranças
Sem perspectivas de nada encontrar, nem sonhos.
Que ódio é esse que percorre a humanidade
Calcado em princípios de religiosidade
Que mata em nome de Deus, de Cristo, ou de Alá
Qualquer resquício de amor e fraternidade.
Que olhos tristes, os das crianças mutiladas..
Afegãs, Kosovares, Chechenas, Palestinas, Judáicas...
Que no desabrochar da flor da vida
Guardam na retina, apenas recordações da morte.
Que herança construímos para elas
Em meio a disputas de poder, amor e ódio
Sem pensar que a nossa irresponsabilidade
Sem pensar que a nossa irresponsabilidade
Pelo pecado da omissão, nem castelos de areia construiu.
Que olhos tristes das crianças abandonadas
Que olhos tristes das crianças mutiladas
Que olhos tristes das crianças fugitivas
Que olhos tristes os da humanidade...
Que olhos tristes os da humanidade...
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